CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA DO RIO DE JANEIRO

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A RADIOLOGIA MUDOU MINHA VIDA

Já são 18 anos de profissão. E apesar do início inusitado, essa tecnóloga em radiologia, pós graduada em Física do radiodiagnóstico com Ênfase em controle de qualidade, que ainda cursou no hospital do amor em Barretos o curso de reciclagem em mamografia; diz não se ver em outra profissão. A jornada de Monique Coelho começou numa conversa informal com sua sogra, à beira da piscina. Sem saber o que cursar, a sogra de Monique sugeriu que ela fizesse o curso de tecnólogo em radiologia. Ela se interessou, pesquisou e já nas primeiras aulas se apaixonou pela profissão.

Em seu primeiro estágio já no setor de mamografia, Monique se deparou com o famoso “jeitinho brasileiro”. A técnica responsável pelo seu treinamento costumava chegar, sempre um pouquinho depois do horário, desrespeitando os pacientes que muitas das vezes eram idosos e vinham de longe em busca de atendimento. Indignada com esse caos ela tomou a frente da situação e buscou autorização para iniciar os atendimentos cumprindo o horário. Ali, segundo ela, foi uma lição que levou por toda sua trajetória.

Seguiu com estágios em outros lugares e em outras áreas da radiologia como raio-x geral. Contando com a indicação de amigos e professores passou pela clínica que seu professor Dr. Silvio Lira “laudava”, e apesar de todos esses estágios, Monique afirmou ter ficado triste nos primeiros anos depois de obter seu diploma:

Meu início na radiologia foi um pouco frustrante, eu só fui conseguir um emprego na área dois anos e meio depois de formada, além de serem poucas as oportunidades oferecidas.

Já empregada no setor privado, a tecnóloga sentiu o choque de realidade. Afirmou que no setor privado tinha a melhor tecnologia, o que fazia um contraponto com o que havia enfrentado em seus estágios, que em sua maioria foram no setor público. Porém a necessidade do lucro era gritante.

“A busca incessante por lucro, que era uma realidade no setor privado, fazia com que a quantidade dos exames realizados fosse mais importante que a qualidade. Precisar ser ágil e doce, me fazia querer desistir, mas, eu não desisti.”, relembra a tecnóloga.

O tempo passou e Monique partiu para uma jornada dupla, trabalhando também em UPA’s (Unidade de Pronto Atendimento), que são da rede pública do Rio de Janeiro. Lá se intrigou com o fato de os pacientes não estarem acostumados com o “TRATAR BEM”, palavras dela. Um simples “bom dia” surpreendia as pessoas e ao final de seu contrato com a UPA, conseguiu um novo emprego na área de mamografia, que é o atual, mas nesse as coisas foram bem diferentes.

Finalmente Monique podia atender seus pacientes da maneira humanizada que sempre sonhou. Apesar de estar em uma empresa privada, foi um casamento perfeito. Pois assim como ela, seus patrões atuais visam a qualidade do atendimento, não somente o lucro.

_Hoje, a partir do momento que eu entro pra trabalhar, eu sou 100% empresa, e posso fazer meu trabalho do jeito que eu sempre quis. Com um atendimento humanizado, de qualidade, que visa multiplicar boas referências. Tenho minha família com a qual me preocupo, mas, enquanto estou dentro do hospital, tento me concentrar apenas com um atendimento de qualidade.Em resumo a RADIOLOGIA MUDOU MINHA VIDA muito mais pelo lado humano, o lado carne e osso do que o lado financeiramente._”Afirmou Monique.

Apesar de ser tecnóloga, ela afirma, não ganhar como tal. Assim como não tem nenhuma bonificação por ser pós graduada, e mesmo assim é realizada em seu trabalho. Encontrou essa realidade no Hospital do Amor em Barretos, onde fez seu curso de reciclagem em Mamografia, em janeiro deste ano. Lá, viu todos atendendo aos pacientes de maneira digna, humanizada e educada e percebeu que está no caminho certo. Se diz feliz pelo simples fato de fazer alguém feliz a partir do seu bom atendimento. Presta também o trabalho constante de conscientização de suas pacientes da importância da mamografia. E finalizou dizendo:

Digo sempre para as minhas pacientes que não escolhi a mamografia. A mamografia que me escolheu.

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