Após algumas reviravoltas prevaleceu a democracia e a justiça. A afirmação é do TNR. Fabricio de Oliveira, presidente do CRTR4, eleito nas eleições realizadas em 2022, nas quais foram atendidos todos os trâmites e o processo legal, conduzido de forma extremamente transparente e profissional pelo corpo técnico do Conselho Nacional. Em entrevista exclusiva, Fabricio, atualmente presidente interventor, nomeado pelo 8º Corpo de Conselheiros do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (Conter), comenta sobre esses meses de imbróglio, mas, sobretudo, fala, de forma otimista, sobre o que vem pela frente, os projetos, iniciativas e ações que pretende dar início o quanto antes, potencializando o Conselho do Rio e, essencialmente, todos os técnicos cariocas e fluminenses.
A que o senhor atribui todo esse período de judicialização?
Presidente Interventor: Bem, vivemos numa democracia e esta deve sempre ser soberana. Entendemos que existam pontos de vista divergentes, porém as ideias devem ser colocadas para a categoria que, pelo voto, decide seu representante dentro do Conselho. E foi assim que ocorreu nas eleições de 2022, dentro de um processo legal, no qual todas as normas foram cumpridas, numa eleição transparente e com total lisura. Infelizmente, alguns insatisfeitos usaram de manobras pouco recomendáveis, o que trouxe a necessidade da intercessão da justiça. Mas, agora isso acabou. A diretoria interventora está de volta e, agora, é aguardar a posse oficial que será providenciada pelo Conter. A justiça sempre há de prevalecer e, depois de tudo consumado, viraremos esta página de uma vez por todas
Como o senhor vê o Conselho do Rio nesta situação?
Presidente Interventor: Primeiro de tudo devo deixar claro que isso não foi só no Rio de Janeiro, pelo contrário, o próprio CONTER sofreu manobras duvidosas, além de vários outros regionais em todo o Brasil. A tentativa de burlar o processo democrático foi ampla e perigosa, mas a justiça foi feita e tudo está em seu devido lugar. Como disse, isso passou e agora é olhar pra frente.
Qual a expectativa que o senhor tem a partir de agora, tendo em vista ter perdido alguns meses de gestão?
Presidente Interventor: a expectativa é a melhor possível. Não só minha, mas de todo o sistema CONTER/CRTRs. Sinceramente, não vamos ficar olhando para o que passou, mas manter o olhar para o futuro, como sempre foi o nosso lema. O que pretendemos e vamos realizar são melhorias efetivas para todos os técnicos de Radiologia da Cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Isso não é uma promessa, mas um compromisso.
Quais os primeiros passos?
Presidente Interventor: Neste primeiro momento toda a minha equipe já está empenhada em fazer todos os levantamentos para saber a real situação do Conselho. Quando assumimos em 2022, como interventores, nos deparamos com muitas irregularidades, contratos impraticáveis e erros básicos em termos de administração. Na ocasião, não deu tempo de ver tudo, mas com a interrupção precisamos verificar o que foi dado continuidade, o que precisa ser refeito etc. Infelizmente, perderemos certo tempo com essa fase, mas consideramos fundamental para depois seguirmos de forma mais assertiva.
Qual mensagem o senhor gostaria de dar para todos os técnicos de radiologia?
Presidente Interventor: Primeiro de tudo que eles podem contar com uma gestão que vai priorizá-los. Uma gestão profissional, ética e participativa na condução de todos os assuntos. Sabemos das dificuldades, dos problemas enfrentados, inclusive com o próprio Conselho, mas trabalharemos incansavelmente para reverter todo e qualquer gargalo no atendimento e nas providências necessárias para a plena atenção a todas as demandas de cada colega de trabalho e de profissão.
Peço um pouco de paciência nesse recomeço, mas em breve queremos estar oferecendo um serviço de excelência. Mais que isso, que todos percebam no CRTR do Rio de Janeiro um parceiro, um órgão acolhedor e que prioriza todos os profissionais da radiologia e suas necessidades. São eles a razão de ser do Conselho e estaremos sempre atentos para lutar por melhores condições de trabalho, ter seus direitos respeitados e prestar um atendimento a altura que merecem. Sem se distanciar da função principal deste conselho que é a Fiscalização do exercício profissional e segurança social de ter um profissional legalmente habilitado para o desempenho de seu ofício de extrema relevância para a população.